A invasão da Ucrânia como fundamento de uma nova Cortina de Ferro na Europa
DOI:
https://doi.org/10.25770/artc.34103Palavras-chave:
União Europeia, Comunidade Política Europeia, Comunidade Europeia de Defesa, invasão da Ucrânia, federalismoResumo
Em 1954, a Assembleia Nacional francesa, recusou o aprofundamento do projecto europeu, ao votar maioritariamente contra a Comunidade Política Europeia e a Comunidade Europeia de Defesa. A crise que de tal recusa adveio constituiu um primeiro revés no projecto de integração europeia, colocando em pausa o desígnio federalista que as duas guerras mundiais do século XX haviam demonstrado ser tão necessário quanto urgente. O fim da Guerra Fria, o desmembramento do Leste e o subsequente alargamento para esta área geográfica das fronteiras da União Europeia, enfraqueceram o propósito integracionista, levando até ao questionar, em certos círculos, da necessidade de manutenção de organizações internacionais cujo escopo extravasasse um âmbito meramente comercial. Em 2022, todavia, a invasão da Ucrânia pela Rússia parece ter ressuscitado fantasmas do passado e, concomitantemente, provocado uma profunda inflexão neste domínio.
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