Viciemo-nos, então, nos LIVROS e tornemo-nos mais livres!

Autores/as

  • Adriano Milho Cordeiro Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos - CECH.Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - Centro de Literatura Portuguesa - CLP. http://orcid.org/0000-0001-9267-4691

DOI:

https://doi.org/10.25770/artc.27179

Palabras clave:

biblioteca, internet, memória, magia, musa

Resumen

Sempre que abrimos um livro partilhamos de imediato as suas vozes, reescrevemos os vislumbres da nossa existência, tornando-nos (co)autores participantes de uma infindável cadeia de espaços, experimentos e viagens. Sempre que descerramos um livro percorremos locais reais e imaginários, mesclamos vozes, línguas, vivências, somos (in)conscientemente leitores e autores parciários de todas as eras, pois todos nós somos resultado de memórias que se integram numa cultura que dialoga com outras culturas, épocas e tradições.
Destarte, os livros permitem de forma real ou virtual resgatar o homem da sua temporalidade. Os livros são as nossas vozes internas, as lembranças criativas da nossa humana inquietude! A fruição das palavras e imagens neles inscritas geram em nós o desassossego, provocam impressões e alvoroços que nos ligam ao passado, a outras linguagens feitas de muitas reminiscências. Os livros são ‘casas de terapia’, ‘um encontro experiencial, inquieto e intenso com a Arte, connosco próprios e com os outros’.
Como potenciadores do imaginário, os livros impelem para o ócio e para o anseio de ‘partir à descoberta’ de lugares potenciadores de transformações pessoais, de analisar espiritualmente ou in loco a comensuração efetiva e real de espaços e épocas.
Irene Vallejo Moreu em O infinito num junco mostra-nos que ‘os livros superaram as provas dos tempos, demonstraram ser corredores de longas distâncias’ apesar das ‘revoluções ou do pesadelo das nossas [inquietantes] catástrofes’. Os livros contam as nossas histórias, mantêm vivas as nossas ideias e projetam sonhos futuros, outros livros e muitas mais estórias ainda a haver. Cada um de nós é um livro simplesmente único.

Biografía del autor/a

Adriano Milho Cordeiro, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos - CECH.Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - Centro de Literatura Portuguesa - CLP.

- Investigador da FLUC - UI&D-CLP, (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - Unidade de Investigação e Desenvolvimento  do Centro de Literatura Portuguesa).

- Investigador da FLUC - UI&D-CECH, (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - Unidade de Investigação e Desenvolvimento do Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos).

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Publicado

2025-05-18

Cómo citar

Cordeiro, A. M. (2025). Viciemo-nos, então, nos LIVROS e tornemo-nos mais livres!. artciencia.Com, Revista De Arte, Ciência E Comunicação, (26-27). https://doi.org/10.25770/artc.27179