Viciemo-nos, então, nos LIVROS e tornemo-nos mais livres!
DOI:
https://doi.org/10.25770/artc.27179Palabras clave:
biblioteca, internet, memória, magia, musaResumen
Sempre que abrimos um livro partilhamos de imediato as suas vozes, reescrevemos os vislumbres da nossa existência, tornando-nos (co)autores participantes de uma infindável cadeia de espaços, experimentos e viagens. Sempre que descerramos um livro percorremos locais reais e imaginários, mesclamos vozes, línguas, vivências, somos (in)conscientemente leitores e autores parciários de todas as eras, pois todos nós somos resultado de memórias que se integram numa cultura que dialoga com outras culturas, épocas e tradições.
Destarte, os livros permitem de forma real ou virtual resgatar o homem da sua temporalidade. Os livros são as nossas vozes internas, as lembranças criativas da nossa humana inquietude! A fruição das palavras e imagens neles inscritas geram em nós o desassossego, provocam impressões e alvoroços que nos ligam ao passado, a outras linguagens feitas de muitas reminiscências. Os livros são ‘casas de terapia’, ‘um encontro experiencial, inquieto e intenso com a Arte, connosco próprios e com os outros’.
Como potenciadores do imaginário, os livros impelem para o ócio e para o anseio de ‘partir à descoberta’ de lugares potenciadores de transformações pessoais, de analisar espiritualmente ou in loco a comensuração efetiva e real de espaços e épocas.
Irene Vallejo Moreu em O infinito num junco mostra-nos que ‘os livros superaram as provas dos tempos, demonstraram ser corredores de longas distâncias’ apesar das ‘revoluções ou do pesadelo das nossas [inquietantes] catástrofes’. Os livros contam as nossas histórias, mantêm vivas as nossas ideias e projetam sonhos futuros, outros livros e muitas mais estórias ainda a haver. Cada um de nós é um livro simplesmente único.
Citas
Bakker, E. J. (2005). Pointing to the Past: From Formula to Performance in Homeric Poetics. Cambridge: MA.
Barthes, R. (1978). Crítica e Verdade. Lisboa: Edições 70.
Clare, R. J. (2002). The Path of Argo: Language, imagery and narrative in the Argonautica of Apollonius Rhodius. Cambridge: Cambridge University Press.
Clay, J. S. (2011). Homer’s Trojan Theater. Space, Vision, and Memory in the Iliad. New York: Cambridge University Press.
Colen, J. & Wigutow, S. (2015). A Máscara de Platão – Uma introdução aos diálogos socráticos. Lisboa: Editorial Aster.
Cordeiro A. (2021). Documento [em linha]: https://artciencia.com/article/view/25341/18681. Consultado a 15 de outubro de 2021.
Correia, M. (2021). Documento [em linha]: https://www.dn.pt/opiniao/a-lingua-portuguesa-e-a-ue-13701193.html. Consultado em 15 de outubro de 2021.
Cruz, A. (2021). O vício dos livros. Lisboa: Companhia das Letras.
Diniz, F. G. M. (2010). A passagem do cetro: aspectos dos personagens Héracles e Jasão na Argonáutica de Apolônio de Rodes. Araquara – São Paulo: Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ciências e Letras.
Ferreira, V. (2013). Pensar. Lisboa: Quetzal.
Franco, H. & Leiria, I. (2016). Documento [em linha]https://expresso.pt/sociedade/2016-02-14-Universidades-ja-ensinam-just-in-English. Consultado em 15 de outubro de 2021.
Kennedy, G. (1963). The Art of Persuasion in Greece. New Jersey: Princeton University Press.
Lourenço, F. (2019a). Ilíada - Homero. Lisboa: Quetzal.
Lourenço, F. (2019b). Odisseia - Homero. Lisboa: Quetzal.
Manguel, A. (2020). Uma História da Leitura. Lisboa: Tinta da China.
Murray, P. (2004). Classical Literary Criticism. London: Penguin Classics.
Pereira, M. H. R. (1993). Estudos de História da Cultura Clássica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Vallejo, I. (2020a). O infinito num junco. Lisboa: Bertrand Editora.
Vallejo, I. (2020b). Manifiesto por la lectura. Madrid: Ediciones Siruela.
Vernant, J. (1996). Mythe et pensée chez les Grecs. Paris: Éditions La Découverte.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 artciencia.com, Revista de Arte, Ciência e Comunicação

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
It is assumed as Author the person (natural or legal) whose name is indicated as such in the work, as embodied practice, or announced to the public by any kind of use or communication. It is recommended that the submitted works do not exceed the total number of four authors. In cases where the number of authors exceeds four, the editors will, ultimately, decide about the acceptance of the submitted work.
TERMS
By submitting a paper to artciencia.com the author accepts, without any kind of reservation, the terms indicated below.
The mere act of submitting a paper is assumed as full comprehension and acceptance, even if in tacit form, of these terms and ignorance about them cannot be invoked.
Authors who publish in artciencia.com, Revista de Arte, Ciência e Comunicação will release their contributions under the Creative Commons Licence CC-BY-NC 4.0: «Licensees may copy, distribute, display, and perform the work and make derivative works based on it only for non-commercial purposes».
The author retains the rights to his work, but its publication in artciencia.com automatically implies the complete and exclusive assignment of copyright to the first edition.
The author is aware that he will not receive any payment / copyright compensation relating to the work submitted despite it is, or not, published.
Similarly, artciencia.com will not charge the author any submission, publishing or distribution fees related with the submitted paper.
The views and opinions expressed in published works are the sole responsibility of the author and may not reflect the editorial policy of artciencia.com.
It should be noted that artciencia.com can reject, by decision of the editors, any submission that manifestly collides with the journal's editorial policy. In such cases the author will be informed of that decision.
After the first publication, the author is authorized to take on additional contracts, independent of artciencia.com, for the dissemination of his work by other means. He must, in that case, to always safeguard the full citation of the original publication.
The author of a published paper is encouraged and has permission to distribute his work by any means, safeguarding the aspects mentioned in the previous paragraph.